Para que uma experiência científica funcione, é necessário que
se utilizem todos os materiais e equipamentos necessários. No Reiki, ocorre o
mesmo…
É inegável que o Universo teve uma origem, mas ninguém sabe
qual. Falam-nos do “Big-Bang”, mas não sabem explicar o que o originou. E se
chegassem a essa causa anterior, não saberiam explicar a sua origem, e assim
sucessivamente. E quanto à origem do homem, também não foi ainda possível
chegar a um consenso entre os pensadores: os mais “materialistas” apoiam-se nas
teorias evolucionistas de Darwin, enquanto os “religiosos” insistem na “criação
divina”. A verdade é que não sabemos praticamente nada de coisa nenhuma.
Já estão a ser conduzidas pesquisas científicas na área de imposição de mãos há
algum tempo. Há agora algumas experiências que validam a utilidade do Reiki
como técnica de cura. Alguns dos resultados mais interessantes destas
experiências demonstram que os resultados positivos são mais do que efeito
placebo. Wendy Wetzel, uma
enfermeira descreve uma experiência de Reiki que ela conduziu: “Cura
por Reiki - Uma Perspectiva Fisiológica”. No seu estudo, quarenta e
oito pessoas compuseram o grupo experimental enquanto dez, o de controlo. Os
grupos tiveram amostras de sangue retiradas no princípio e término da
experiência.
O grupo experimental recebeu formação em Reiki I. O grupo de controlo
não foi envolvido na formação de Reiki I.
Das amostras de sangue foram analisados a hemoglobina e o
hematócrito. Hemoglobina é a célula vermelha do sangue que leva oxigénio.
Hematócrito é a relação das células vermelhas do sangue com o volume total de sangue.
As pessoas do grupo experimental tiveram mudanças significativas nestes valores
com 28% sofrendo um aumento e o resto uma diminuição. As pessoas do grupo de
controlo não tiveram mudanças significantes. As alterações, aumento ou
diminuição, são consistentes com o propósito de Reiki que é trazer equilíbrio
numa base individual.
Uma paciente teve 20% de aumento nestes valores. Ela continuou a
tratar-se diariamente com Reiki e depois de três meses, o aumento foi mantido.
A paciente vinha de um quadro de anemia por deficiência de ferro. Outra
experiência demonstrou um aumento nos valores de hemoglobina; conduzida pela
médica, Otelia Bengssten, num grupo
de 79 pacientes com diagnósticos de pancreatite, tumor cerebral, enfisema,
desordens endócrinas múltiplas, artrite reumática, e paragem cardíaca. O
tratamento de Reiki foi feito em 46 pacientes, sendo 33 controles. Os pacientes
mostraram aumentos significativos nos valores de hemoglobina. A maioria dos
pacientes informou melhoras ou desaparecimento completo dos sintomas. Esta experiência e a anterior demonstram
que as aplicações de Reiki produzem melhoras biológicas.
No centro médico St. Vincent em Nova Iorque a experiência foi efectuada por Janet Quinn, director assistente de
enfermagem na Universidade da Carolina do Sul. A meta desta experiência era
eliminar o efeito placebo. 30 Pacientes de coração receberam 20 perguntas de um
teste psicológico para determinar o nível de ansiedade. Eles foram tratados por
um grupo com Nível I em Reiki. Um grupo de controlo de pacientes também foi
tratado por pessoas, não iniciadas em Reiki, que imitaram as mesmas posições de
imposição de mãos.
No primeiro grupo 17% tiveram o nível de ansiedade diminuído depois de cinco
minutos de tratamento; o outro grupo não apresentou nenhuma modificação.
Dr.
John Zimmerman da Universidade de Colorado usando um SQUID (Dispositivo
Supercondutor de Interferência Quântica) descobriu
que campos magnéticos são criados ao redor das mãos de pessoas que aplicam
Reiki. As frequências dos campos magnéticos que cercam as mãos dos
praticantes de reiki eram de ondas do tipo alfa e gama semelhante às observadas
no cérebro de alguns praticantes de meditação.
Mais experiências estão a ser feitas e teorias científicas
desenvolvidas para descrever o Reiki como terapia complementar. O
desenvolvimento de equipamentos mais sensíveis permitirá à ciência entender,
validar, e aceitar a realidade do Reiki.
Nos Estados Unidos, o Reiki já está a
ser oferecido como tratamento coadjuvante e em alguns países europeus já está
inserido como terapia complementar de apoio numa série de especialidades
médicas, incluindo: ortopedia, reabilitação, psiquiatria, geriatria, cirurgia,
terapia intensiva, oncologia, obstetrícia e cuidados neonatais, doenças
infecciosas, transplante de órgãos, e centros de cuidados paliativos.
REIKI – uma
forma de medicina energética ?
James
Oschmann
é uma autoridade que lidera no campo de compreensão de sanação com as mãos. A
sua formação como cientista nas áreas de biofísica, biologia celular e
fisiologia em conjunto com a sua experiência e compreensão da “cura holística”,
põem-no numa posição única para ultrapassar o fosso entre a comunidade científica
e a comunidade da visão mais holística. Os seus livros ‘Energy Medicine’ e ‘Energy
Medicine in Therapeutics and Human Performance’ são obras de grande
destaque na maneira como transmitem uma base científica para a cura com as
mãos. O seu trabalho facilita a compreensão por parte da classe médica para
aceitar a terapia Reiki, que é muito valioso para quem quer introduzir o uso de
Reiki nos hospitais ou num ambiente científico. As suas ideias fascinantes
dão-nos uma nova perspectiva sobre a forma como Reiki actua.
Para os praticantes de Reiki vale a
pena aprender um pouco sobre física e biologia para compreender melhor os
mecanismos envolvidos. Ajuda a clarificar as intenções e facilita a explicação do
seu trabalho aos médicos e cientistas. Medicina
energética envolve compreender como o corpo cria e responde aos campos
eléctricos, magnéticos e electromagnéticos incluindo como reage à energia da
luz, do som, calor, químicos, pressão, gravidade e outros. Estamos interessados
como o corpo produz estes campos energéticos e como podem ser aplicados para o
seu benefício. Mesmo os grandes cientistas como Albert Einstein tinham grandes dificuldades em compreender a
verdadeira natureza da energia e como as suas várias formas se inter-relacionam.
O problema continua por resolver. Dizemos que um electron tem uma carga, mas
porque tem uma carga e o que é uma carga continua um mistério para os
cientistas. Uma reação negativa da parte deles quando se fala em medicina
energética é frequente, mas esquecem que também eles utilizam formas de
tratamento e diagnostico baseado em energia tais como, raios-X, electrocardiogramas,
TAC, cirurgia a laser e muitos outros. Reiki e outras técnicas de sanação com
as mãos são uma forma de medicina energética, baseado em campos energéticos
cientificamente medíveis, emitidos das mãos do terapeuta.
O
campo energético
O
primeiro campo foi o do coração e levou ao electrocardiograma e 25 anos
mais tarde foi a vez do campo do cérebro
que levou ao electroencefalograma. Estes campos propagam-se e podem ser
registados com eléctrodos em qualquer parte do corpo. Há uma lei na física, a lei de Ampere, que diz quando uma
corrente flui através de um condutor, tal como um fio ou tecidos vivos, campos
magnéticos são produzidos no espaço envolvente. O primeiro campo biomagnético
registado foi o do coração em 1963 utilizando duas bobinas com 2 milhões de
voltas de fio. Ao mesmo tempo foi feito uma grande invenção na Inglaterra por
Brain Josephson (que recebeu um prémio Nobel) , de um aparelho que se chama
SQUID. Estes magnetómetros super sensíveis estão agora a ser utilizados em todo
o mundo para estudar o campo energético humano. Destaca-se que os resultados
das medições do campo magnético são muito mais informativos sobre os processos
interiores do que das medições bioelétricas. Isto é importante porque testes na
Itália provaram que o corpo humano tem uma grande capacidade de sentir estes
campos magnéticos.
De uma perspetiva científica esta
‘inteligência superior’ a que se refere não é mais nada do que a sabedoria
inata de que todos dispomos. Quando relaxamos os nossos processos mentais,
podemos ter acesso a esta informação através do subconsciente. A nossa
consciência só regista uma pequeníssima parte da informação que lhe é fornecida,
11 milhões de bits por segundo, o resto é canalizado para o subconsciente. Por
isso se confiarmos na nossa intuição estaremos mais perto da realidade do que
se confiamos na nossa “mente”. Uma forma como isto funciona é, por sinais
emitidos pelos tecidos danificados que são registados pelos campos energéticos
das mãos. Parece que há um sistema de bio-feedback (o sistema operativo do
corpo (SOC)). Este SOC trabalha silenciosamente no fundo, como um computador e
coordena todas as operações deste. Uma das suas actividades é o ajustamento das
frequências emitidas apropriados à situação por ter a capacidade de sentir e projetar
ao mesmo tempo.
Terapia
Reiki e Medicina – Um futuro de mãos dadas?
Um grande
motivo de orgulho (mas também de enorme responsabilidade), é o estudo
cientifico realizado pela Sra. Enfermeira Zilda Alarcão, publicado o ano
passado na Revista Médica internacional "European Journal of
Integrative Medicine" - "The effect of Reiki therapy on
quality of life of patients with blood cancer: Results from a randomized
controlled trial"
Um estudo cientifico único em
Portugal, que prestigia a forma como a terapia Reiki é praticada em ambiente
hospitalar, em áreas tão sensíveis como a hematoncologia.
Um exemplo a seguir para que
possamos estar cada vez mais próximos de todos os que necessitam de apoio e
serenidade em fases muito complexas das suas vidas.
Os desafios atuais são enormes. Hoje
em dia, a prática e ensino do Reiki deverá ser seriamente analisada e revisto,
para que muitos seres possam beneficiar dos inúmeros benefícios que esta terapia,
não invasiva, proporciona.
Artigo de Sónia Gomes publicado na Revista Reiki&Yoga, nº 14, 2017
Sónia Gomes
Pós-Graduada em Comunicação e Gestão de Marcas,
Sócia fundadora do Spaso Zen – praticante
e terapeuta de Reiki desde 2000, tem o Mestrado em Reiki Usui Shiki Ryoho (método
tradicional japonês), Reiki Essencial e Karuna Reiki® pela International Association Of Reiki Professionals. Fez pesquisa e
investigação na área do Reiki aliada à medicina (com particular incidência em
saúde mental e oncologia), para uma maior credibilização da prática, do ensino
e da difusão da terapia Reiki em Portugal. A sua paixão pelo Reiki conduziu-a
ao caminho da prática e estudo do Budismo. Em 2016 iniciou os seus estudos em
Medicina Tradicional Tibetana e fundou o projeto “Naldjorma” – um projeto
internacional de apoio a mulheres, crianças e idosos no Nepal com vista à
educação, promoção da saúde e empoderamento feminino.